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14 fevereiro, 2012

A viagem paralela



Cândido encontra Federico Mayol em Portugal enquanto ambos viajam em busca de respostas, cada qual carregando sua pergunta.
- Com licença, o senhor é Federico Mayol?
- Sim, pois não, nos conhecemos?
Receio que sim, me chamo Cândido, de Voltaire.
Ah, já ouvi falar no senhor. Meu filho Julián conhece muito bem as gentes do seu tipo - balbuciou com uma certa indiferença.
- É mesmo? Que grande coincidência! O mundo está sempre a nos surpreender, o senhor não acha?
- Concordo com o senhor, eu mesmo tive muitas surpresas num curto espaço de tempo, apenas lamento que não foram muito agradáveis.
- Mas tudo está como deveria estar, senhor Mayol. Meu mestre Pangloss sempre diz que vivemos no melhor dos mundos.
- Melhor dos mundos? Como? Muito pelo contrário, meu jovem, está tudo errado,muito errado! Eu, por exemplo, sofri uma grande decepção por causa de minha própria esposa, nessa altura da vida ela me pediu que a deixasse e fosse embora, o senhor acredita? E meu filho Julián? O que dizer daquele metido a intelectual que vive num transe alcoólico (que ele diz ser artístico) pintando aquelas telas amadoras?
- Calma, senhor Mayol, é apenas ficção, e a melhor de todas as ficções que poderiam existir, pois tudo ocorre da melhor maneira...


Leituras
Candido - Voltaire
A viagem vertical - Enrique Vila-Matas

3 comentários:

Aguinaldo Medici Severino disse...

Olá Lívia, como vais?
Grato por teu selo e pelas palavras gentis.
Guardarei o selo com muito carinho, mas não vou colocar ele no blog. OK?
Boas leituras para ti.
Sucesso.
Aguinaldo

Aguinaldo Medici Severino disse...

legal. vamos manter contato. como agora eu sigo teu blog vou ficar sabendo das cousas que você anda lendo mais facilmente. um abraço. aguinaldo

Landa disse...

Olá Lívia. Tenho um desafio no meu blog, no caso de te ser oportuno;)

Boas leituras!

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